terça-feira, 24 de abril de 2012

Nós, mulheres...


Texto escrito dia 09 de março de 2012. Fiquei receosa de publicar... mas vai lá. Já escrevi coisas melhores.

Hoje, me dei conta da importância do dia de ontem... Dia internacional da mulher! 
O excesso de trabalho e o acúmulo de tarefas me fizeram esquecer de comemorar e aproveitar esse dia. Recebi, claro, abraços dos meus alunos. Bom  saber que tenho o carinho daqueles que diariamente passam pela minha vida.

Ontem, como todos os dias, saí correndo de uma escola para a outra. Tenho 20 minutos para lanchar e me deslocar: de moto fica mais fácil, mas às vezes o trânsito está tão intenso que tenho que descobrir caminhos alternativos. E vou me deliciando nos novos caminhos percorridos...

Ao chegar à segunda escola, encontrei uma mesa caprichada com “quitutes” em homenagem as mulheres professoras. Quem preparou? As mulheres que fazem parte da direção da Escola. Pequenos presentes nos foram dados.Em meu celular, várias mensagens de “parabéns” enviadas por outras mulheres. Além da emancipação feminina, ouso falar que há um fenômeno chamado solidariedade feminina.  Não desmerecendo os homens, e seu valor na sociedade, no mercado de trabalho, na família... Eu estou falando que apenas uma mulher consegue entender o que a outra vive, sente...

Saí de casa hoje como sempre faço: pego minha moto, enfrento o trânsito de todos os dias. Algumas lágrimas insistiram em escapar dos meus olhos, emocionada por lembrar o  dia de ontem.

Mas reparando bem, percebi que as pessoas não percebem as outras, não conseguem enxergar  o outro. E olhando dentro dos carros, nas ruas, nos capacetes das motos, vejo: rímel, batom, sombra, lápis... E lá vamos nós, mulheres motoristas, pilotos, pedestres, para mais um dia de labuta!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Ciclo


Este pequeno texto foi produzido quando eu fui dispensada do cargo de vice-diretora (término da gestão) da EE professor Alisson Pereira Guimarães em janeiro de 2012.



Hoje se encerra mais um ciclo na minha vida. Foi uma etapa grandiosa, cheia de desafios e aprendizados.
Conheci muitas pessoas, fiz muitos amigos: eternos no sentido literal da palavra, e alguns como os de Vinícius de Moraes, ” enquanto durem”.
Trago em meu coração uma colcha de retalhos, de lembranças das pessoas que estiveram presentes nesta caminhada. Retalhos coloridos, sem cor, extravagantes, discretos, floridos, estampados... Marcas da personalidade de cada um, diferentes. Alguns calados, outros agitados, políticos, brigões, apáticos. Todos me fizeram crescer.


E agradeço imensamente a todos, dos três turnos da Escola Alisson Pereira Guimarães (Poli).
Nada de tristezas, nada de pedido de desculpas. Apenas a certeza de que a escola hoje está nas mãos certas, daqueles que há muito fazem por ela.